sexta-feira, 31 de maio de 2019

Bill, será uma lembrança eterna para nós, sua família. Hoje, 31 de maio de 2019,  eu acordei me lembrando dele, há um ano foi um dia triste em que eu chorei muito. Que saudade...
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A chama da velinha...

Era muito lindo, sempre foi lindo o nosso bichaninho Bill. De raça indefinida mas com certeza procedente de uma linhagem especial, com pelinhos enormes e macios que chamavam a atenção de qualquer pessoa que o via, era como uma jóia de nossa família.
Branquinho com manchas pretas, quando novo era altivo e faceiro com suas pernas longas e esbeltas, como as pernas de uma garça. Pisava macio com suas patinhas brancas que mais pareciam botinhas deslisando no chão e seu andar era elegante como o andar de um nobre de raça humana. Seus olhos muito verdes tinham um brilho especial que expressavam fielmente os sentimentos sinceros de sua amizade boa e fiel companheiro.
Sua vida e sua história em nossa família é muito extensa, pois Deus lhe concedeu uma longa vida de mais de dezenove anos felizes, onde nada lhe faltou, principalmente amor e carinho. Foi motivo de inúmeras postagens minhas em vídeos e fotos nas redes sociais, onde era curtido, admirado e elogiado por sua beleza, hoje contrastando com aquela figurinha frágil de olhinhos fundos já quase sem brilho, pelos arrepiados, bracinho raspado para aplicação de soro durante uma internação, o que parece lhe incomodar muito. Passa muitas horas na mesma posição, com a cabecinha pendida e já quase não se alimenta. É assim que passa as noites, apesar de eu estar sempre me levantando da cama para lhe oferecer água e fazer-lhe algum afago, ao que ele pouco reage. O diagnóstico é fatal. Está com apenas um rim funcionando, o que desencadeia uma série de insuficiências de outros órgãos que, com a sua idade avançada, não há mais o que se fazer para salvar-lhe a vida. Nossos corações estão condoídos e não medimos esforços para ajudá-lo a ter melhor qualidade de vida nesses últimos dias entre nós, ministrando-lhe os remédios prescritos e retribuindo-lhe todo o amor que ele nos deu por quase vinte anos. Todos os dias é  higienizado com lencinhos de papel umedecidos e levado para perto de uma janela para pegar sol, como ele sempre fez de manhã. Ele adorava banhos de sol.
Hoje, madrugada do dia 31 de maio, a chama da velinha se apagou na terra, e mais uma estrelinha subiu em direção ao céu a fim de se juntar às milhares de outras para iluminar a escuridão do espaço, em outra dimensão, na eternidade. Tomara que seja assim. O consolo é a gente saber que ele viveu alegre e feliz entre nós por toda a sua longa vidinha.  Quanta saudade...
Junia

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