Foi um momento inédito. Eram mais ou menos nove horas de uma manhã de sol no início do verão no Rio de Janeiro, e quando cheguei na janela me deparei com um quadro que me tirou o fôlego. A rua ainda estava meio deserta e o sol projetava a sombra das folhas das árvores no chão e no céu avistei uma nuvem escura, de cor quase grafite, sobrevoando a baixa altura sobre os prédios. De repente começou a escurecer, a luz do sol se transformou numa linda claridade azulada enquanto o vento balançava as folhas e varria a poeira do chão. Corri, peguei minha máquina e fiz esta foto para registrar este momento fugaz e de tão rara beleza, que não consigo encontrar mais palavras para descrever. Deixo que a foto fale por mim.

Júnia