segunda-feira, 11 de agosto de 2014

ETERNIZANDO BONS MOMENTOS


ETERNIZANDO BONS MOMENTOS



Nunca poderemos saber se chegaremos ao outro lado da rua do mesmo jeito como estamos no lado de cá. Nunca sabemos se aquele lindo momento que estamos vivendo agora poderá se repetir, e se aquela pessoa com quem estamos tão felizes hoje, amanhã ainda existirá, como nós também poderemos não mais existir ou se estaremos a milhares de quilômetros de distância, tampouco sabemos se não nos veremos nunca mais. 
Os momentos não se repetem, por mais que pareçam eles nunca são iguais, assim como os dias, as noites, o tempo, o mar e até o ar que respiramos, são feitos de átomos diferentes. O riso e o choro têm um espaço tão pequeno entre os dois, que há vezes em que eles se confundem de tal forma que passamos de um para o outro quase sem perceber.
Eu costumo registrar quase tudo que posso, tudo que entendo que poderá nunca mais se repetir, como o simples pular de um passarinho nos bancos de um jardim, como um gesto inusitado feito por um animal diante de algo que lhe chamou a atenção. Gesto que ele não repetirá nunca mais. 
Existe uma música muito linda, cuja letra recorda o que aconteceu ha dez anos, desde que um jovem casal se amava desesperadamente num entardecer junto a uma fonte, que anoiteceu, e que o resto daquele romance só sabe Deus. E a letra diz que nunca mais ele viu aqueles olhos, nem beijou mais aqueles lábios e a pena era tão grande, ao recordar que aquele foi o seu primeiro amor.
Hoje pela manhã, no Parque do Flamengo, eu vi uma lavandeira, um tipo de passarinho preto e branco que corre muito ligeiro. Em princípio ele estava na areia, depois subiu no banco em que eu estava sentada. Ficou me olhando, mexendo com a cabecinha, não se intimidou e quase pulou no meu colo, mas calmamente eu me afastei, fui para o banco que estava em frente, peguei a câmera e o fotografei ali paradinho, olhando pra mim, como se quisesse me dizer alguma coisa. Na minha fértil imaginação, pensei: talvez ele esteja me perguntando: quem é você? Você não vai me ver nunca mais, sabe? Eu vou embora... 
Talvez na sua linguagem ele poderia estar dizendo: você não gostaria de ficar se lembrando de mim pra sempre, deste momento em que estamos aqui? Minha vida é muito curta. Vai, faz alguma coisa, você pode.
Foi lindo demais. Só pude fazer duas fotos, pois logo ele abriu as asas e voou. Pousou no galho seco de um arbusto próximo e parecia estar me olhando. Soltei as imagens pela internet a fora e guardei o arquivo, que publico aqui, para eternizar aquele momento inesquecível para mim. Eu amo estas coisas.
A beleza da vida está nos acontecimentos mais simples de um dia qualquer. Basta a gente entender as mensagens e guardá-las no coração para relembrá-las em outros momentos que sejam menos felizes. 

Autora: Júnia - 03/8/2014


Foto: ETERNIZANDO BONS MOMENTOS

Nunca poderemos saber se chegaremos ao outro lado da rua do mesmo jeito como estamos no lado de cá. Nunca sabemos se aquele lindo momento que estamos vivendo agora poderá se repetir, e se aquela pessoa com quem estamos tão felizes hoje, amanhã ainda existirá, como nós também poderemos não mais existir ou se estaremos a milhares de quilômetros de distância, tampouco sabemos se não nos veremos nunca mais. 
Os momentos não se repetem, por mais que pareçam eles nunca são iguais, assim como os dias, as noites, o tempo, o mar e até o ar que respiramos, são feitos de átomos diferentes. O riso e o choro têm um espaço tão pequeno entre os dois, que há vezes em que eles se confundem de tal forma que passamos de um para o outro quase sem perceber.
Eu costumo registrar quase tudo que posso, tudo que entendo que poderá nunca mais se repetir, como o simples pular de um passarinho nos bancos de um jardim, como um gesto inusitado feito por um animal diante de algo que lhe chamou a atenção. Gesto que ele não repetirá nunca mais. 
Existe uma música muito linda, cuja letra recorda o que aconteceu ha dez anos, desde que um jovem casal se amava desesperadamente num entardecer junto a uma fonte, que anoiteceu, e que o resto daquele romance só sabe Deus. E a letra diz que nunca mais ele viu aqueles olhos, nem beijou mais aqueles lábios e a pena era tão grande, ao recordar que aquele foi o seu primeiro amor.
Hoje pela manhã, no Parque do Flamengo, eu vi uma lavandeira, um tipo de passarinho preto e branco que corre muito ligeiro. Em princípio ele estava na areia, depois subiu no banco em que eu estava sentada. Ficou me olhando, mexendo com a cabecinha, não se intimidou e quase pulou no meu colo, mas calmamente eu me afastei, fui para o banco que estava em frente, peguei a câmera e o fotografei ali paradinho, olhando pra mim, como se quisesse me dizer alguma coisa. Na minha fértil imaginação, pensei: talvez ele esteja me perguntando: quem é você? Você não vai me ver nunca mais, sabe? Eu vou embora... 
Talvez na sua linguagem ele poderia estar dizendo: você não gostaria de ficar se lembrando de mim pra sempre, deste momento em que estamos aqui? Minha vida é muito curta. Vai, faz alguma coisa, você pode.
Foi lindo demais. Só pude fazer duas fotos, pois logo ele abriu as asas e voou. Pousou no galho seco de um arbusto próximo e parecia estar me olhando. Soltei as imagens pela internet a fora e guardei o arquivo, que publico aqui, para eternizar aquele momento inesquecível para mim. Eu amo estas coisas.
A beleza da vida está nos acontecimentos mais simples de um dia qualquer. Basta a gente entender as mensagens e guardá-las no coração para relembrá-las em outros momentos que sejam menos felizes. 

Autora: Júnia - 03/8/2014